sábado, 1 de agosto de 2015

Em duelo carioca pelo LDB, Flamengo bate o Botafogo e vence a segunda


Com 17 pontos, Rodrigo foi um dos destaques da vitória do Fla (Foto: Raphael Oliveira/LNB)
Botafogo e Flamengo trocaram os gramados pelo basquete neste sábado. E a rivalidade continuou a mesma. Na quadra do Praia Clube, em Uberlândia, Minas Gerais, os cariocas duelaram pela Liga de Desenvolvimento (LDB), com vitória rubro-negra por 63 a 52. O jogo foi válido pela sexta rodada do torneio que movimenta a base do basquete brasileiro e marcou o segundo triunfo do Flamengo no torneio. O Botafogo, por sua vez, voltou a perder e segue com apenas uma vitória em seis confrontos.

Apesar da derrota, Alan, do Botafogo, foi o cestinha com 19 pontos e sete rebotes. Pelo Flamengo, Gigante foi o maior pontuador com 18. Ele ainda pegou 13 rebotes e terminou a partida com um duplo-duplo. Daniel deu quatro assistências pelo lado do Flamengo e Guga conseguiu três para o Botafogo. Na próxima rodada, neste domingo, o rubro-negro encara o São José, às 18h. O Botafogo joga com o Macaé, às 20h. Com seis vitórias em seis jogos, Minas Tênis Clube, Limeira e Pinheiros lideram a tabela de classificação da primeira etapa do torneio.

O duelo carioca teve três quartos muitos equilibrados. O Botafogo venceu o primeiro por 13 a 12. O segundo ficou empatado em 14 a 14. Na reta final do terceiro quarto, o Flamengo passou à frente vencendo o período por 16 a 11. No último quarto, dominando as ações, o Flamengo fez 21 a 14 e venceu a partida por 63 a 52.

Outros resultados da rodada


Basquete Cearense 61 x 72 Sport Recife
Bauru 69 x 65 Rio Claro
Minas Tênis Clube 92 x 60 Pequeninos Rhema
Seleção sub-17 LDB 68 x 73 Campo Mourão
São José 59 x 65 Macaé
Joinville 62 x 58 Concórdia
Praia Clube 52 x 70 Brasília
Clube Internacional de Regatas Santos 62 x 65 Paulistano
Basquete Curitiba 65 x 46 Grêmio Náutico União

Com retorno só em 2016, Nixon inicia fisioterapia para tratar lesão no joelho


Nixon inicia fisioterapia para tratar lesão (Foto: Divulgação / Flamengo)
O atacante Nixon só voltará a jogar em 2016, mas a recuperação já o anima. Ele rompeu o tendão patelar do joelho esquerdo por duas vezes, primeiro, em março, e, quando estava em fase final de recuperação, teve nova lesão no mesmo local, em meados de julho. Nesta sexta-feira, o jogador iniciou fisioterapia e comemorou a nova fase por estar se sentindo bem e por poder rever os amigos de clube.

- Estou me sentindo bem. Graças a Deus, pude voltar e rever a todos. Fico feliz não só por isso, mas também por estar presente e participando. Hoje fiz meu primeiro dia de fisioterapia. Foi interessante conversar com o doutor (Runco) pra saber qual vai ser a programação para que haja o processo de recuperação para a volta - disse, ao site do Flamengo.

No fim da recuperação anterior, Nixon já havia passado por um susto: apresentou um quadro de falta de ar e foi submetido a diversos exames cardiovasculares, mas felizmente nada foi detectado. Quando achava que fosse voltar de vez, o atacante sofreu a grave lesão e, agora, só retorna aos gramados em 2016. Para o atleta, é preciso ter paciência e calma ao longo do período para poder voltar a jogar sem novos problemas.

- Trabalhar, ter paciência e calma para que possa aos poucos ir tratando e para que haja uma recuperação bem sucedida. Assim, posso voltar bem, no tempo oportuno e quando for hora para voltar. Estou tranquilo, me preocupando principalmente com a recuperação para que eu possa voltar bem - falou.

Sem Nixon, o Flamengo entra em campo neste domingo, contra o Santos, no Maracanã, às 16h (de Brasília), pela 16ª rodada do Brasileirão.

Mais uma goleada: Flamengo vence por 8 a 0 Duque de Caxias no Carioca feminino


O Flamengo não conhece outro resultado que não goleadas até o momento no Carioca feminino. Depois de derrotar o Bangu por 12 a 0 no meio da semana, na Gávea, foi a vez de vencer o Duque de Caxias, agora, pelo resultado de 8 a 0. No Estádio Telê Santana, na Baixada Fluminense, as equipes se enfrentaram na manhã deste sábado pela terceira rodada do campeonato estadual da modalidade.

Larissa foi a artilheira do jogo, com quatro gols. Ainda marcaram Vigia, Gaby, Bárbara e Tânia Maranhão. Foram marcados quatro gols na primeira etapa e mais quatro na segunda, fechando o placar. Assim como na quarta-feira, a torcida rubro-negra também marcou presença no jogo.

O jogo esteve equilibrado até os 20 minutos do primeiro tempo, quando houve uma parada técnica devido ao forte calor. O Flamengo, que estava com erros no sistema de marcação, conseguiu se ajeitar para o restante da partida. Logo no retorno já marcou o primeiro gol, abrindo o caminho para os demais. No retorno do segundo tempo, o Duque de Caxias ainda tentou uma reação, mas não conseguiu impedir que a goleada fosse ainda maior.

O Tenente Abrantes, técnico do Flamengo/Marinha, realizou as cinco substituições (no regulamento do feminino, está previsto o número de trocas). Com isso, o time que atuou foi: Luana (Fernanda); Danizinha, Carol (Cubana), Tânia Maranhão (Karen) e Tati (Ziele); Roberta Emilião, Gaby, Diany e Barbara; Vigia (Juliana) e Larissa.

O próximo jogo do Flamengo é contra o Barcelona, sábado que vem, dia 8 de agosto, às 15h, em estádio ainda indefinido. A equipe é a líder da competição.

“Nunca achar que está tudo bom”: o segredo de Jorge para a boa fase


Jorge Flamengo (Foto: Jessica Mello/ GloboEsporte.com)
São oito anos no Flamengo. Muita espera, muito trabalho e muito foco no futuro. Esforço recompensado com os sete jogos de titularidade na sequência. Neste domingo, contra o Santos, no Maracanã, Jorge irá para sua oitava partida na equipe titular. Desde o Joinville, no começo de julho, pela 10ª rodada, quando fez sua estreia entre os principais, passando pelo seu primeiro gol também como profissional, contra o Náutico, pela Copa do Brasil, Jorge vê – e sabe que cresceu. Mas sabe também que é preciso manter o mesmo foco de antes. Não se acomodar. Quer ir mais e mais além.

- Da partida do Joinville até aqui, penso que tenho que melhorar a cada dia. Nunca achar que está tudo bom. A pior coisa do futebol é se acomodar, achar que está tudo bem. Ouvir sempre o experiente, sempre dá para evoluir. Desde lá, acho que melhorei muito, ofensiva e defensivamente. Tenho que melhorar a cada treino. Difícil conquistar a vaga de novo (caso perca). Então é manter o foco – falou, após o treinamento deste sábado, o último antes de enfrentar o Santos.

Com 19 anos, Jorge vive o Flamengo desde criança. Subiu da base ao profissional, e lembra dos dias em que ainda era um garoto. Vivia no Ninho do Urubu, observando o grupo principal trabalhar e se imaginando entre eles no futuro.

- Ficava na concentração aqui (Ninho do Urubu) sempre, ficava olhando os treinos, me imaginando ali trabalhando com eles– lembrou.

No caminho do lateral entre os profissionais, Jorge destaca ainda como importante a confiança recebida pelo grupo, tanto técnico como companheiros de time. E que os mais experientes ajudam muito, ao conversarem com ele e passarem dicas.

- Minha evolução é também pela confiança que estão tendo em mim, o Cristóvão e os jogadores. Os companheiros sempre me chamam pra conversar, me passam dicas. Grupo forte e unido, apoiando quem vem da base – completou.

Neste domingo, no Maracanã, Jorge irá para sua oitava partida como titular. Será contra o Santos, pela 16ª rodada do Brasileirão. O Fla está na 11ª colocação, com 19 pontos.



Presença de familiares marca treino do Flamengo antes de jogo contra o Santos

O último treino do Flamengo antes de encarar o Santos, neste domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã, foi marcado pelo clima leve e pela presença da família de alguns jogadores no Ninho do Urubu. À beira do gramado onde os atletas treinavam, vários eram os presentes, tirando fotos e acompanhando o trabalho. Ao fim, alguns filhos dos jogadores, como os de Cáceres, foram a campo e bateram uma bola com os pais.

Cáceres e os filhos Flamengo (Foto: Jessica Mello/ GloboEsporte.com) 
Cáceres recebeu a visita dos filhos no Ninho do Urubu (Foto: Jessica Mello/ GloboEsporte.com)

Como a atividade só foi liberada para a imprensa mais de uma hora após o seu início – da mesma forma como ocorreu ao longo da semana -, foi possível observar apenas cobranças de falta com barreira e chutes com domínio e finalização. Nenhuma pista, portanto, sobre a escalação, que segue com dúvidas. O time, porém, deve ter: Paulo Victor, Ayrton (Pará), Wallace, Samir (Marcelo) e Jorge; Cáceres, Márcio Araújo e Canteros (Alan Patrick); Emerson, Guerrero e Everton.

Marcelo Cirino é o desfalque confirmado de última hora. Exames nesta sexta-feira confirmaram uma lesão na coxa esquerda, ocorrida no treino fechado de quinta, e, com isso, o atacante não poderá jogar contra o Santos.

Torcedores mirins posam com jogadores do Flamengo no Ninho do Urubu  (Foto: Jessica Mello/ GloboEsporte.com) 
Torcedores mirins fizeram fila para tirar foto com os jogadores do Flamengo (Foto: Jessica Mello/ GloboEsporte.com)

Ederson, a mais recente contratação do Rubro-Negro, também está descartado. Apesar de já treinar com os colegas, a estreia do jogador deve ocorrer apenas contra a Ponte Preta, no outro fim de semana. 

Flamengo e Santos se enfrentam neste domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã, pela 16ª rodada do Brasileirão. O Fla está na 11ª colocação, com 19 pontos.




Choro no carro, decepção com Ney, solidão no CT: o PV que perseverou


Paulo Victor se tornou titular do Flamengo há um ano (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)Após ficar um mês e meio fora por conta de uma fratura na perna direita, Paulo Victor retorna à meta do Flamengo no jogo contra o Santos, neste domingo - às 16h, no Maracanã -, justamente na mesma época em que completa um ano desde que assumiu de vez a titularidade do time. O "aniversário" representa muito para o goleiro, que passou por poucas e boas até alcançar seu objetivo. Já são 10 anos de clube, nove como profissional, a grande maioria deles na reserva. Já foi segunda, terceira, quarta opção dos treinadores que passaram pelo Rubro-Negro. Mas ele chegou lá. Por isso, os funcionários do Ninho do Urubu, principalmente os mais antigos, veem em PV um exemplo de paciência, perseverança e superação.

O camisa 48 alimenta enorme gratidão por Joel Santana e Vanderlei Luxemburgo, treinadores que acreditaram em seu potencial e lhe deram oportunidade. E, além do apoio dos pais, sogros, demais familiares a amigos, agradece principalmente à esposa, que está grávida, por viver talvez o melhor momento de sua vida. Hoje, Paulo Victor tem uma vida bem estruturada, é ídolo da torcida rubro-negra e espelho para os goleiros mais novos César, Daniel e Thiago, a quem procura sempre orientar. Durante esse longo caminho, no entanto, precisou superar diversas barreiras e momentos de desânimo. Revivendo as lembranças no centro de treinamento onde morou por vários anos, ele contou os episódios mais marcantes dessa fase difícil em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com. Veja a seguir.

Em alta velocidade, só o início no Fla
Paulo Victor: Minha chegada aqui já foi uma surpresa. Eu iria para um outro clube. Um cara me indicou para cá, aí vim para o Flamengo. Em um ano, eu era o terceiro goleiro dos juniores e virei titular. No outro ano subi para o profissional. Nesse tempo até que as coisas aconteceram rapidamente. Depois começou esse momento de prova, oito anos brigando pela titularidade. Fui quarto goleiro durante quatro ou cinco anos, terceiro goleiro durante dois ou três anos, segundo goleiro durante três anos. Claro que no meio disso não tem só coisas boas. Também não digo que são ruins, porque peguei tudo isso e transformei em coisas boas.

Choro no carro
Acho que foi em 2007, eu era o quarto goleiro. Às vezes ficava um ano inteiro sem entrar em coletivo. Eu chegada na Gávea sabendo que treinaria no campo do lado. Só entrava mesmo nas finalizações e nas faltas. Nos outros dias era a mesma coisa. Até que um dia o treinador (Ney Franco) disse que me colocaria no coletivo. Corri para o gol. Entrei no gol, passaram uns 20 segundos, e acabou o coletivo. Meu olho encheu de lágrimas naquele momento. Ainda tive que terminar o treino na parte de finalizações. Quando acabou, entrei no meu carro, saí da Gávea para o CT, onde eu morava, e vim chorando, pensando na vida e nas coisas. Mas acho que a gente tem que pegar as coisas difíceis e transformá-las em coisas produtivas. Se vivi aquilo, foi para amadurecer. Se a gente fizer o certo, uma hora dá certo.


Paulo Victor Flamengo x Coritiba (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Ônibus, chuva e brincadeira de Renato AbreuEm 2005 eu ainda não tinha carro e saía do CT (em Vargem Grande) às 5h30 da manhã para treinar na Gávea às 9h30. Acordava às 5h, pegava um ônibus, o 382, que parava na praia de Ipanema. Eu chegava bem antes do treino, às vezes duas horas antes. Tinha que sair bem antes para não chegar em cima da hora. Engraçado que, quando estava chovendo, eu já ia reclamando. Eu sabia que tinha de descer do ônibus na praia de Ipanema e sair correndo para chegar à Gávea, e são cinco quarteirões. Chegava todo molhado. Lembro que o Renato Abreu ficava brincando comigo. Uma vez ele estava no vestiário e me disse: "Ê Paulo, é difícil andar de ônibus, né?", contando que andou muito de ônibus, que a vida dele não foi fácil. Eu levava aquilo como brincadeira e ao mesmo tempo para me motivar, para ver que aquilo tinha de ser passageiro. Por mais que eu entrasse pouco em coletivo, eu ia para as cobranças de falta e para os rachões com o pensamento de que aqueles eram os momentos para o treinador me ver e gostar de mim. Ninguém fica 10 anos por acaso. Se estou aqui esse tempo todo, é porque as pessoas foram apostando. É por causa desses pequenos detalhes.

Solidão pelos cantos do Ninho do Urubu
Na minha época morando aqui não existia nem a lan house que tem hoje. Eu treinava no sábado, e o time ia se concentrar. Eu tinha que me reapresentar na segunda ou na terça só. Então ficava sentado nos cantos no fim de semana. Meu passatempo era ouvir música no meu mp3 player. A internet não era tão fácil. Muitas vezes ficava sentado nos cantos do Ninho pensando na vida. Conheço o CT como poucos. Lembro da jabuticabeira que tinha, eu ficava sentado do lado dela, passava a noite. Não tinha o que fazer. Eu não tinha carro em 2005, então também ficava com os amigos, os outros meninos que moravam aqui.

Pastel e pizza do paizão PV
Quando fui melhorando um pouco, renovando contrato com o Flamengo, pensei em fazer alguma coisa para tirar um pouco os meninos daqui. Eu exigia que os meninos não fizessem qualquer jogo de aposta e diariamente cobrava arrumação nos quartos. Tinha o Anderson Bamba, que está na Alemanha, o Lorran... Sofreram muito na minha mão. Cobrava disciplina. Eu morava no CT em 2006, mas já tinha carro, aí não queria que eles passassem pela mesma coisa que passei, não ter o que fazer. Pegava os meninos todo sábado e os levava para comer pastel em Vargem Grande. Pegava o carro e levava cinco. Depois levava mais cinco. A gente comia pastel junto, tomava caldo de cana, e eu pagava para todos. A gente passava tempo junto. Às vezes eles chegavam para mim: "PV, essa semana foi dureza. Vamos comer pastel sábado e domingo?". Muitas vezes eu tinha que tomar cuidado, porque eles tinham jogo no dia seguinte, aí eu os trazia de volta cedo. Eu treinava na Gávea e lembro que, quando chegava ao Ninho e estava estacionando o carro, os meninos já corriam para deixar tudo ajeitado. Eu chegava e estava tudo bonitinho. Procurava dar carinho a eles. Ia à praia, levava alguns, depois voltava e levava mais um pouco no carro. Procurei fazer muito isso. Quando aluguei um apartamento no começo de 2007, eles me pediam: "Pô, PV! Não abandona a gente, não". Continuei fazendo. Às vezes a gente nem saía, mas eu vinha e pedia pizza para todo mundo. A rapaziada amava.

paulo victor flamengo (Foto: Fábio Castro / Agência Estado)Farofa de Dorival Júnior em 2012
Eu vinha crescendo no Flamengo quando o Joel Santana me deu a oportunidade de ser titular. O Dorival chegou, joguei dois jogos, aí ele me tirou. Naquele momento foi difícil engolir. Depois a gente pensa e começa a entender que as coisas são naturais da vida. Fiquei muito chateado ali, porque eu imaginava que era o meu momento. Lembro que ele me chamou na sala e disse: "Paulo, você ainda vai ser um dos melhores goleiros do Brasil, só quero que você tenha paciência". Por mais que eu tenha escutado aquilo, por dentro era como engolir farofa, não desce. Mas encontrei o Dorival outras vezes depois disso, é um grande treinador, e não tenho mágoa. Me entristeceu naquele momento, mas hoje entendi que talvez não fosse a hora certa. O Paulo Victor tinha que amadurecer mais. Ele disse que eu precisava ganhar mais experiência e colocou o Felipe de novo.

Decepção com Ney Franco em 2014
Fiquei chateado nesse episódio porque ouvi da boca do Ney Franco. Ele disse: "Olha Paulo, você agora é meu titular, confio em você". E ele tinha me ligado para eu ir para o Vitória um mês antes (Ney treinou o Vitória antes de ir para o Flamengo). Quando ele chegou ao Flamengo, achei que as coisas fossem mudar. Ele me disse que eu seria titular, e é bom ouvir isso. Fiz uns jogos e fui bem. Logo depois teve a parada para a Copa do Mundo. Fomos para Atibaia-SP treinar faltando um mês para voltar o Brasileiro. E comecei a perceber que ele estava me deixando de lado. Só que em nenhum momento ele veio conversar, dizer que não me colocaria. Isso foi passando, e eu sabia que não voltaria como titular. Segui trabalhando, batalhando. Fiquei triste por ele não ter chegado em mim e falado. Ninguém tem obrigação de me colocar, a gente tem que saber respeitar opinião dos outros e também obedecer, pois sou funcionário do clube. Mas com o Dorival, por mais que tenha sido ruim para mim, ele pelo menos me chamou para conversar. Começou o treino, o Ney Franco não me colocou (de titular), passou do meu lado e não falou nada comigo. Passaram duas rodadas, e ele foi mandado embora. Também tenho zero de mágoa. Chegou o Vanderlei, a quem sou muito grato, e assumi a titularidade de novo.

Rapidinhas da coisa maldita


Fernandão obtém efeito suspensivo e pode penhorar até R$ 10 mi do vasco 

O vasco recebeu, na manhã desta sexta-feira, uma notícia que pode prejudicar os cofres do clube. A juíza Debora Maria Barbosa Sarmento, da 7ª vara cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) restabeleceu a penhora que havia sido revogada, em março deste ano, no processo do ex-jogador de vôlei Fernandão, que cobra R$ 6.343.872,78 por ter intermediado o patrocínio da Eletrobrás, no início da gestão Roberto Dinamite. Com correções, o valor pode chegar a R$ 10 milhões.

Desta vez, porém, as penhoras foram estendidas para as cotas de TV - antes era apenas de Caixa Econômica Federal (patrocinador master), Ferj e CBF. Sendo assim, 10% da verba que vem destes quatro está temporariamente bloqueada.

Penhoras ameaçam vasco, e diretoria culpa Dinamite  

De herança maldita para herança absurda. A troca da gestão Dinamite para Eurico é também uma toma lá dá cá de acusações dos dois lados. Em meio ao momento delicado dentro de campo no Campeonato Brasileiro, com risco de terminar a rodada na lanterna e há 13 rodadas na zona de rebaixamento, com apenas 12 pontos ganhos em 16 partidas, o clube tenta "se virar" fora dele, como diz o vice-presidente jurídico Paulo Reis, em meio a pedidos de penhora e de execução que chegam a todo momento.


sexta-feira, 31 de julho de 2015

Três volantes: Cristóvão conta que já foi abordado até por crianças na rua


Entrevista Cristóvão Borges (Foto: Ivan Raupp)O tema "três volantes" é assunto recorrente no Flamengo. Vanderlei Luxemburgo fez a maioria de suas partidas em 2015 com Jonas, Márcio Araújo e Canteros titulares, e Cristóvão Borges manteve a formação também na maior parte dos jogos, trocando apenas as peças - Cáceres tem sido titular no lugar de Márcio, mas este voltou a ter chance com a lesão de Jonas. O treinador atual até tem sido um pouco mais agressivo em algumas oportunidades, como no duelo contra o Grêmio no Maracanã, onde começou com Everton no meio-campo. Mas a formação, quando mais defensiva, costuma gerar críticas dos torcedores. A questão já fez Cristóvão ser abordado até por crianças na rua, conforme o próprio contou nesta sexta-feira, após o treino no Ninho do Urubu. Ele também afirmou não ligar para as reclamações e cobrou uma discussão mais a fundo.

- Sou bom cabrito. Bom cabrito não berra. Sem problema. Não tenho oportunidade de falar muita coisa. Isso é uma coisa colocada, bem vendida. Às vezes sou abordado na rua até por crianças com essa pergunta. Mas não se discute futebol, na verdade. As coisas relevantes a gente deixa passar. Não se discute preparação, treinamento, o que acontece no jogo. Coisas paralelas são muito mais discutidas. Aí não dá para ficar falando muito sobre isso. É uma coisa que se levanta, como se fosse moda. Todo mundo fala a mesma coisa. Mas ninguém pergunta, aborda ou discute por que, para que, qual a razão para se jogar assim. Então, é continuar apanhando quieto, quero só que a bola entre - disse, em entrevista coletiva.

Cristóvão explicou que a opção pelo número de volantes depende da evolução da defesa e confessou que gosta de jogar com dois nessa função, em vez de três. Só que a "cozinha" ainda não está totalmente pronta para isso.

- Depende da característica do time, e isso já acontecia com outros treinadores antes de eu chegar. Antes de o Guerrero chegar, nossa equipe tinha dificuldade de prender a bola no ataque, aí a bola volta muito rápido e você tem que ter uma organização defensiva boa. Quando cheguei aqui, nossa equipe defendia mal, por isso tomava muitos gols. A equipe precisava defender bem. A gente começa a arrumar pela cozinha, por isso muitas vezes estava jogando com três volantes. Com Guerrero e Emerson, a equipe passou a prender mais a bola no ataque. Quando a defesa estiver boa, dentro das possibilidades, a gente vai poder jogar, porque inclusive adoro jogar só com dois volantes - declarou o técnico, completando em seguida que, se o time estiver defendendo bem, dá para jogar até com somente um volante.

Cristóvão ainda confirmou que todos os zagueiros estão à disposição para o próximo jogo, incluindo Wallace e Samir, recuperados de lesão, e descartou Ederson, que deve estrear diante da Ponte Preta, no domingo da próxima semana. Neste domingo, às 16h, o Fla encara o Santos no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro é o 11° colocado, com 19 pontos.

Marcelo Cirino sofre lesão na coxa esquerda e desfalca o Flamengo no domingo


Treino Flamengo Ninho do Urubu (Foto: Ivan Raupp)
Marcelo Cirino foi a novidade negativa do Flamengo nesta sexta-feira. O atacante foi submetido a exames, teve detectada uma lesão no músculo adutor da coxa esquerda, ocorrida durante o treino fechado de quinta, e vai desfalcar o Rubro-Negro no duelo de domingo, contra o Santos, às 16h, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Ele, que não foi a campo, está fazendo fisioterapia e não tem previsão de retorno.

Sem Cirino, a tendência é que Everton forme o trio de ataque com Guerrero e Emerson. Com isso, Alan Patrick e Márcio Araújo são os favoritos para formar o meio-campo ao lado de Cáceres e Canteros. Ou joga um, ou joga outro.

O treino desta sexta, assim como nos dias anteriores, foi fechado para a imprensa em sua maior parte. Enquanto isso, Cristóvão Borges comandou um trabalho tático no campo principal do Ninho do Urubu. Quando a atividade foi aberta aos jornalistas, os zagueiros fizeram um treino à parte comandado pelo auxiliar Jayme de Almeida, e os demais trabalharam finalização.

Ederson participou do treino tático, mas focou mais na parte física. A presença do camisa 10 diante do Santos, no entanto, foi descartada por Cristóvão. Ele deve estrear contra a Ponte Preta, no domingo da próxima semana.

Flamengo x Santos: 43,5 mil ingressos vendidos para o jogo de domingo


Para o público em geral, as vendas continuam para os setores Leste Inferior, Leste Superior e Oeste Inferior. A expectativa da diretoria do Flamengo é que o público presente no jogo contra o Santos supere o da partida contra o Grêmio, que marcou a estreia de Guerrero diante da torcida rubro-negra. Foram mais de 51 mil presentes e 44 mil pagantes.

Confira as informações sobre ingressos, segundo o site do Flamengo:

Valores:
Norte: ESGOTADO
Norte: R$ 60 (inteira) / R$ 30 (meia-entrada)
Sócio-torcedor: R$ 30 (inteira)/ R$ 15 (meia-entrada)
Sócio-torcedor Tradição: R$ 40 (inteira) / R$ 20 (meia-entrada)

Sul: ESGOTADO
Sul: R$ 70 (inteira) / R$ 35 (meia-entrada)
Sócio-torcedor: R$ 35 (inteira) / R$ 17,50 (meia-entrada)
Sócio-torcedor Tradição: R$ 55 (inteira) / R$ 27,50 (meia-entrada)

Leste e Oeste:
Leste e Oeste: R$ 100 (inteira) / R$ 50 (meia-entrada)
Sócio-torcedor: R$ 50 (inteira) / R$ 25 (meia-entrada)
Sócio-torcedor Tradição: R$ 75 (inteira) / R$ 37,50 (meia-entrada)

Maracanã Mais: ESGOTADO
Maracanã Mais: R$ 195 (inteira) / R$ 120 (meia-entrada)
Sócio-torcedor: R$ 120 (inteira) / R$ 82 (meia-entrada)
Sócio-torcedor Tradição: R$ 165 (inteira) / R$ 105 (meia-entrada)

Horários e pontos de venda para sócios-torcedores                                          

Gávea – Sede do Flamengo – Rua Borges de Medeiros                                            
29.07 a 01.08 - 10h às 17h
2.08 (dia da partida) - 10h às 12hs                          

Maracanã – Container Mata Machado                                              
29.07 a 30.07 - 10h às 17h
2.08 (dia da partida) - 10h até o fim do 1º tempo

Barra da Tijuca – FlaBoutique – Av das Américas, 7607 Loja 151                                             
30.07 a 01.08 (não funciona aos domingos) - 10h às 17h                                                  
                                   
Tijuca – FlaBoutique – R. Conde de Bonfim, 685 Loja D                                            
30.07 a 01.08 (não funciona aos domingos) - 10h às 17h                                                    

Andaraí – FlaBoutique/Iguatemi – R. Barão de São Francisco, 236 Loja 15                        
30.07 a 01.08 (não funciona aos domingos) - 10h às 17h                                                

Largo do Machado - Flaboutique -R.Largo do Machado 29 Loja 40 Galeria Condor    
30.07 a 01.08 - 10h às 17h

Horários e pontos de venda para torcedores          

Maracanã – Bilheteria 4                                              
29.07 a 1.08 - 10h às 17h
2.08 (dia da partida) - 10h até o fim do 1º tempo

Gávea – Sede do Flamengo – Rua Borges de Medeiros (associados do clube)                              
29.07 a 01.08 - 10h às 17h
Gávea – Sede do Flamengo – Pça nossa sra. Auxiliadora (torcedores)                                          
29.07 a 01.08 - 10h às 17h

Espaço Rubro Negro  –  Méier - Rua Dias da Cruz, 255, Shopping Méier
30.07 a 1.08 - 10h às 17h

Espaço Rubro Negro  - Nova América Avenida Pastor Martin Luther King Jr, 126 - 1º piso
30.07 a 1.08 - 10h às 17h

Cariocas FC  - Nova América Avenida Pastor Martin Luther King Jr, 126
30.07 a 1.08 - 10h às 17h

Espaço Rubro Negro Via Brasil Rua Itapera, 500  - Irajá
30.07 a 1.08 - 10h às 17h

Espaço Rubro Negro Quitanda Rua da Quitanda, nº 87 – Centro
30.07 a 1.08 - 10h às 17h

Espaço Rubro Negro Downtown Avenida das Américas nº 500, loja 114 – Barra
30.07 a 1.08 - 10h às 17h

Espaço Rubro Negro  - Shopping Madureira Estrada do Portela, 222
30.07 a 1.08 - 10h às 17h

Cariocas FC  - Shopping Madureira Estrada do Portela, 222
30.07 a 1.08 - 10h às 17h

Engenhão  Bilheteria Sul Rua Arquias Cordeiro  s/nº
30.07 a 1.08 - 10h às 17h

Estádio Caio Martins Rua Presidente Backer, s/n, Icaraí Niterói
30.07 a 1.08 - 10h às 17h

Sede do Flamengo (Sócio) Borges de Medeiros, 997
30.07 a 1.08 - 10h às 17h

Sede do Flamengo Praça Nossa Senhora Auxiliadora s/nº
30.07 a 1.08 - 10h às 17h

Maracanã (Bilheteria 4) Av. Maracanã, s/nº
30.07 a 1.08 - 10h às 17h

Ticket Center – Quiosque 12 Av. Atlântica, Em frente ao Hotel Windsor, no Leme
30.07 a 1.08 - 10h às 17h

Domingo tem Mengão na Globo


DOMINGO, 02                                                                      


Brasileirão Série A


16h Flamengo x Santos
Transmissão: TV Globo para todo o Brasil (com Cléber Machado, Júnior, Caio Ribeiro e Arnaldo Cezar Coelho) e Premiere (com Eduardo Moreno e Lédio Carmona)

Flamengo acerta com Rafa Luz e ocupa espaço deixado por Laprovittola


O espaço deixado pelo argentino Nico Laprovittola, que teve seu contrato encerrado depois da conquista do título do Novo Basque Brasil (NBB), começa a ser ocupado no Flamengo. Nesta sexta-feira, o Flamengo anunciou a contratação de Rafa Luz, armador campeão dos Jogos Pan-Americanos de Toronto com a seleção brasileira. O jogador estava na Espanha, onde atuou durante boa parte de sua carreira.

Com Rafa Luz, o Flamengo chega a oito jogadores com a idade adulta sob contrato. Já estão garantidos para a próxima temporada Benite, Gegê, Jerome Meyinsse, JP Batista, Marcelinho Machado, Marquinhos e Olivinha. No contrato de Benite e Marquinhos, inclusive, termina nesta sexta-feira o prazo para a rescisão em caso de proposta da Europa ou NBA, a liga americana de basquete.

Rafael Freire Luz; basquete; jogos pan-americanos; rafael souza (Foto: Peter Casey/Reuters)
Rafa Luz depois da conquista da medalha de ouro nos Jogos de Toronto (Foto: Peter Casey/Reuters)

- Estou muito feliz por voltar ao Brasil após oito anos na Europa. Estar perto da minha família, dos meus amigos e morar no Rio de Janeiro me deixam morrendo de felicidade. As expectativas são as melhores possíveis, pois o Flamengo é um time que disputa todos os títulos das competições que participa, então isso é bastante animador - disse Rafa Luz, em entrevista ao site oficial do Flamengo.

Nos Jogos de Toronto, o armador, que chega com status de titular, teve a oportunidade de atuar ao lado de alguns dos novos companheiros. Benite, Olivinha e JP Batista fizeram parte do grupo medalha de ouro na competição, além do técnico José Neto, assistente de Ruben Magnano, e do preparador físico Diego Falcão.

- Eu conversei bastante com Benite, Olivinha e Diego Falcão. Eles sempre me falaram muito bem sobre o Flamengo, sua torcida. Na verdade nem precisariam falar sobre a torcida, porque em todos os jogos que eu assisto do Flamengo é visível essa energia que eles passam para o time. Todas as informações que tive sobre o clube foram maravilhosas e isso com certeza foi um dos motivos que me fizeram assinar o contrato - comentou Rafa Luz, convocado para a disputa da Copa América.

Sem freio, Sheik cobra bonde do Fla no G-4 e ataca cartolas: "Vagabundos"


Ponderado? De língua sem freio, Emerson Sheik não polemizou durante as primeiras entrevistas coletivas em sua segunda passagem pelo Flamengo, iniciada em 16 de junho. No início de papo exclusivo com o GloboEsporte.com que teve duração de 37 minutos, o jogador seguia a mesma linha. Pois é, seguia. Na primeira resposta, perguntado justamente a respeito da fase light, creditou o comportamento à maturidade - completa 37 anos em setembro. Esclarecia questão por questão sem qualquer problema, mas só abriu a caixa de ferramentas aos 21 minutos de conversa. O velho Sheik entrou em cena - e de sola - quando o mau momento do futebol brasileiro foi abordado. Responsabilizou um "bando de vagabundos" por ter feito, em sua opinião, que o Brasil tenha deixado de ser o "país do futebol'. Segundo ele, a CBF "ainda é uma vergonha". Também voltou a bater forte no presidente do Fluminense, Peter Siemsen, e detonou o Estádio das Laranjeiras, ao qual tratou como "curral".

mosaico sheik 3 (Foto: arte esporte)
O olho de Sheik brilhou ao falar do Flamengo e do alcance que a dupla de ataque e o time podem ter na competição. Emerson espera dar continuidade à reação para que os flamenguistas não se restrinjam a ficar feliz por sair de perto da zona de rebaixamento. E mesmo 16 pontos atrás do líder Atlético-MG, não desiste do sonho de conquistar o Brasileiro - em 2009, fez parte do início da campanha do título rubro-negro. Defensor de Cristóvão, o atacante também negou qualquer atrito com Guerrero, contrariando o que disse o colunista Léo Dias, de "O Dia". E encarnou no companheiro.

- Ele não sabe falar português direito (risos). Ele fala "cão" e não caô (da música), tem aquele cabelo morto, mas é gente boa. É feio, mas é maneiro. E joga muito (risos).

De costas para a Lagoa Rodrigo de Freitas, Sheik pegou no pé de Rodrigo Caetano, atacou novamente o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, e provocou o Vasco, negando a "sacanagem de Edmundo", que conta a versão de que Sheik frequentava São Januário quando pequeno e era chamado de Marcinho vascaíno.

- Isso corre aqui (aponta para a veia do braço e bate), minha história condiz com a do Flamengo. Eu sou vencedor - provocou, para não perder o costume, o Sheik flamenguista.

Confira o bate-papo abaixo:

Sheik, você anda um pouco mais calado e menos polêmico. É maturidade alcançada?
Como todos me conhecem, sou cara de personalidade muito forte, falo tudo aquilo que eu entendo que seja verdade. Mas já há um bom tempo adotei postura um pouquinho diferente, não deixando de opinar nem de colocar minha cara na hora que entendo que seja importante, mas adotei postura diferente. Talvez a maturidade também tenha colaborado.

Tem inspiração em grandes frasistas, como Romário e Renato Gaúcho?
Eu sou dessa geração aí. Do Renato, Edmundo e Paulo Nunes, que falavam também o que pensavam. Do Romário também. Acho que o futebol perdeu um pouco isso, às vezes as pessoas levam de uma forma diferente, até entendem de maneira desrespeitosa, agressiva, mas não vejo assim. Como quase tudo muda, o esporte também, faz falta. Foram craques do passado dentro e fora de campo. Digo isso pela maneira que levavam a vida, nunca esquecendo do trabalho, de estar sempre tentando dar o melhor dentro das quatro linhas, mas também vivendo. Acho que hoje o jogador de futebol se limita muito ao trabalho e esquece um pouco do lazer. Eu não consigo. Sou comprometido com o meu trabalho e tento levar vida normal como qualquer pessoa comum. Tento ter, né, na medida do possível.

Gosta de um chopinho, né? Mas parece estar sempre seco. Se cuida para seguir bem fisicamente?
Sempre tomei maior cuidado com isso, até porque trabalho com meu corpo e tenho que estar bem para jogar. Tem os horários e os dias certos de fazer isso, a nossa vida é muito corrida, tem concentração, viagem, treino de segunda a segunda. Então tem que tomar cuidado quanto a isso porque não faz bem. Nos meus momentos de folga, dentro da minha casa, com minha família, melhores amigos, a gente se diverte também, mas ainda assim de maneira moderada para não cometer o exagero. O "mais" nunca é legal. Tem que ter controle até para isso.

Toma cuidado nas férias?
Não, nada. Meu cuidado maior é com o álcool mesmo, sou chato quanto a isso. Mas nas minhas férias não treino. Só durante o calendário, que é longo e exige muito. Aí tenho cuidado com a bebida, que é fundamental e vale muito. 

emerson flamengo apresentação (Foto: Eduardo Peixoto / Globoesporte.com)O que mudou do Emerson, um desconhecido em 2009, para o consagrado agora em 2015?
A personalidade e a maneira de tratar as pessoas são as mesmas. O fato de ser conhecido hoje não mudou absolutamente nada pelo respeito, de ver as pessoas como ser humano. É óbvio que tem o lado profissional, até por tudo que aconteceu nesses cinco, seis anos de conquista. Mudou muito, o reconhecimento é maior, já não posso mais estar em todos os lugares que gostaria de estar. Mas tento levar vida comum como qualquer cidadão normal.

Você disputou o Sul-Americano sub-20 em 99 com Ronaldinho, Dodô, França... Pensou em como seria a vida se ficasse no Brasil em vez de ir para o Japão (em 2000, aos 22 anos)?
Já pensei muito, mas acho que Deus faz as coisas certinhas, por mais que a gente esteja errado. Ser humano é muito falho, mas dou graças a Deus por tudo que aconteceu e da maneira que aconteceu. Óbvio que lá atrás poderia ser diferente, vendo todos esses caras que estiveram comigo no Sul-Americano fazendo grande sucesso, em grandes clubes. Eu pensava, sim. Hoje entendo que tudo que aconteceu comigo tinha que acontecer. Não me arrependo de absolutamente nada. De nenhum clube, nenhum país. Me deu mais maturidade, mais experiência como homem.

O colunista Léo Dias, de "O Dia", disse que você e Guerrero não se dão bem. Procede?
(risos) Não deveria nem responder porque isso é um absurdo, mas vou responder em função de tudo que está acontecendo com ele (Guerrero), pelo sucesso dele. Léo Dias, você é meu amigo, tá? Fecha! (Guerrero) É um cara extremamente do bem, que trabalha para caramba, cara amigo. Fiquei com ele no Corinthians quase três anos e meio. É um cara querido por todo mundo, e não estou falando de diretoria, comissão técnica e jogadores. Os funcionários também (gostam de Guerrero). Ele merece muito mais. Além de ser um craque, é muito do bem, merece mesmo. Não tenho muito o que falar. A gente é "brother" para caramba. Então não tem história, pergunta para ele. Nunca tive problema nem nada. Só quero fazer meu negocinho ali, só quero ganhar. Que tudo fique para ele. Ele merece para caramba, e a música dele é irada.

Ele tem dificuldade de aprender português?
Ele é muito fraco, não sabe falar português direito (risos). Ele fala "cão" e não caô, tem aquele cabelo morto dele, mas é gente boa. É feio, mas é maneiro. E joga muito (risos).

O Flamengo já teve o "melhor ataque do mundo" (com Sávio, Romário e Edmundo) que fracassou. Até onde essa dupla pode chegar? Já é o melhor ataque do Brasil?
Acho que ainda não porque, para ser o melhor, precisa que um grupo todo funcione, de um bom meio de campo, de uma boa defesa. E para a defesa ser boa precisa da colaboração do ataque, então todo um conjunto precisa funcionar. Acredito não só na dupla, mas no que está se formando. Sonho alto demais, sou um cara que não gosta de estar por estar, gosto de conquistar, ser diferente, marcar. Acho que todo o time pode chegar longe e já nesse Brasileiro. Ganhamos dois jogos, fizemos boas atuações, mas ainda não é o que pode ser e o que deve ser. Mas, por ser o Flamengo, a gente tem que parar de ficar feliz de sair da zona de rebaixamento para começar a ser feliz entre os quatro primeiros.

Em 2009, o Flamengo chegou a ficar afastado do G-4 - na 21ª rodada, última antes do início da arrancada, a diferença para o líder do Fla, então 10ª colocado, era de 11 pontos para o Palmeiras. Você diz que só pensa em coisas grandes. O panorama é o mesmo agora. Acha que é possível repetir aquele "milagre"? O heptacampeonato é palpável?
Não sei se foi milagre, pode ter sido com a ajuda de Deus. Foi com trabalho, dedicação e entrega de um grupo e da comissão. Eu acredito, sonho alto e sou otimista para tudo que faço. Vejo o Flamengo hoje crescendo, um torcedor que não sei se está empolgado ou feliz, mas que tem uma importância muito grande. E também vejo um treinador completamente compromissado em fazer o melhor, um cara que vive o clube, que chega antes de todo mundo, que estuda o melhor treino, a melhor estratégia. É um cara que se dedica integralmente ao clube a fim de que se encontre a melhor forma de jogar. Acredito que, com essa pegada e todos comprometidos, a gente possa sonhar com coisas maiores.  

Emerson Sheik e Cristóvão Borges, Flamengo (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)Você conheceu o Cristóvão em 2009, lá no Al-Ain, quando ele era auxiliar. Já via nele um potencial para grande treinador? Criou-se uma grande amizade desde então?
A proximidade entre brasileiros fora do país é natural, mas não nos tornamos grandes amigos. Mas sempre que falei do Cristóvão me referi ao lado profissional dele, porque já havia trabalhado com ele. É um cara competente, inteligente, que não faz as coisas de maneira aleatória. Briguei por ele talvez por ser mais velho e deveria ter dito aquilo. Vejo os atletas muito confiantes no trabalho dele, então me senti muito à vontade para falar. É um cara que sabe o caminho para alcançar o melhor. Eu acredito muito nele, talvez o que a diretoria do Flamengo fez com o Cristóvão nesse momento sirva de exemplo para os outros clubes. A gente tem essa cultura de que o treinador perde dois jogos e que tem de mandar embora. Não é por aí, não, e é muito difícil mandar o atleta ir embora. Quando ganha, todo mundo ganha. Quando perde, todo mundo perde. Tem que lembrar que quem entra dentro das quatro linhas é o jogador.

O que acontece com o futebol brasileiro? Está atrasado? O Brasil perdeu na Copa do Mundo e na Copa América. É problema de geração não tão boa, não há avanços táticos?
Acompanho, sim, essa confusão toda que vem acontecendo. De tudo que escuto, há uma palavra que talvez resuma essa confusão toda que vem sendo o nosso futebol, também não sei se a geração ajuda muito. Planejamento é algo que falta há muitos anos. A seleção brasileira pagou por isso e por situações que são mais difíceis de entender. É uma pena para nós, que estamos envolvidos com futebol, vermos tanto vagabundo roubando, tanta gente errada... Quem perde é o povo brasileiro, porque é a nossa paixão, os atletas... O país do futebol talvez não seja mais o país do futebol. Isso não é por conta dos atletas, mas por conta desse bando de vagabundos que atrapalha. Se eu começar a falar, vai dar m... Mas é feio de se ver.

A CBF ainda é uma vergonha?
É uma vergonha muito grande para todos nós, não só os atletas, mas para todo o povo brasileiro.

E o Brasil: é uma vergonha?
Acho que o Brasil não é uma vergonha. Por tudo que a gente escuta e vê, talvez um pedaço de Brasília seja uma vergonha. Os nossos políticos não têm aprovação, se envolvem em escândalos, tirando saúde, educação e dinheiro de quem precisa. Mas só vamos falar, não tem perspectiva de mudança porque eles gostam de roubar.

Em 2012, depois do título da Libertadores, você falou em mais quatro anos de carreira. Esse ano seria 2016. Mas na apresentação ao Flamengo, o Rodrigo Caetano falou que te contratou pensando em renovar por alguns anos. O que você já pensou sobre isso e o que imagina para fazer depois de parar? Vai virar empresário, político?
Iam me matar (sobre se seria político). Estou me sentindo muito bem. O que conta hoje no futebol moderno é a parte física. O craque, o Zico, o camisa 10, hoje é muito difícil de se encontrar. A parte técnica ainda tem importância, mas a parte física é muito mais importante. Com meu biotipo, que ajuda bastante, e os cuidados que tenho, eu me vejo jogando por mais um período. Vou falar uma coisa que nunca falei para ele, mas acho que o Rodrigo estava bem desconfiado na minha vinda. Mas a gente conseguiu em tão pouco tempo fechar um relacionamento de confiança, foi muito bacana. Ele é um cara que me agrada. Ele não tem curva, fala na cara. Vejo grandeza em pessoas assim. 


Emerson, ao lado de Rodrigo, e os dirigentes Walter D'Agostino e Fred Luz na apresentação, em junho (Foto: Gilvan de Souza/Fla Imagem)Já que citou o Rodrigo, fala-se que em 2011 você teve uma proposta do Vasco em que o Rodrigo bateu o pé por causa de R$ 20 mil. É verdade?
Quem cuida das minhas coisas é o Reinaldo (Pitta, empresário dele), e eu fico muito distante disso tudo. Ele sabe que tem um limite financeiro para menos, e o restante ele que faz. Também ouvi isso, mas se de fato foi verdade é mais uma história engraçada minha e do Rodrigo. Se foi, passou. Tenho uma admiração hoje, cara muito correto, muito profissional. O Flamengo está muito bem servido. Ele olha o jogador, mas olha muito mais o lado da instituição. Tem gente que vê isso de maneira errada, mas acho isso legal. Somos funcionários do Flamengo. Ah, a ideia era de continuar no ano que vem. Vamos ver, né, Rodrigo? (risos).

Aproveitando o "assunto vasco", explique de vez por que existe esse papo de que você é vascaíno. O Edmundo diz que você ia a São Januário ver os treinos e que era conhecido como "Marcinho vascaíno" (o nome de batismo de Emerson é Márcio - fez o famoso "gato" em 96, no início da carreira). Você já falou do seu pai, ele não era fanático ao ponto de te influenciar? 
Eu não tinha nem dinheiro para pegar ônibus (risos). Como que eu iria para São Januário? Cara, passa muito longe disso. Meu pai era vascaíno, mas ele se separou da minha mãe quando eu tinha três para quatro anos. Não deu nem tempo de ele me induzir a ser Vasco. O Edmundo fez esse brincadeira inúmeras vezes.

Por quê?
Porque ele é sacana, sei lá, porque ele é doido.

Mas ele é seu amigo, não?
Amo ele de paixão, cara que é completamente do bem, meu amigo. Mas é sacanagem dele. Eu não vou provocar, né? Ou vou provocar (o vasco). Isso corre aqui, minha história condiz com a do Flamengo. Eu sou vencedor (risos).

Essa foi a cara feita por Emerson quando falou-se no Fla-Flu do aniversário dele (Foto: Fred Gomes)Ainda sobre craques, Ronaldinho chegou ao Fluminense. O que representa?
Para o futebol brasileiro, agrega muito. Sensacional para o futebol carioca, que precisa de alguns Ronaldinhos, Paolos Guerreros para engrandecer um pouco mais. A estrutura dos clubes do Rio, por exemplo, está bem distante da oferecida pelos de São Paulo.

Você falou de um tricolor. Sabe que o Fla-Flu do returno será disputado no dia do seu aniversário (6 de setembro)?
Vai dar ruim (risos). Não quero ficar triste no dia do meu aniversário.

Pensa em dançar o Bonde do Mengão sem Freio (música que cantou em viagem do Fluminense durante a Libertadores e que motivou sua dispensa) caso marque no clássico?
Não sei, a gente pode criar alguma coisa diferente.

O Fluminense é o time que você mais gosta de vencer?
Gosto também de ganhar do Vasco. Do Fluminense eu não tenho nada contra a instituição. Sou contra, sim, os torcedores ignorantes que procuraram não enxergar a verdade. Eu sou contra a pessoa que me fez mal naquele momento. Posteriormente me fez muito bem, porque o clube não tinha estrutura para montar uma equipe competitiva para conquistar o que conquistei. Não tinha nem campo para treinar direito. A gente treinava naquele curral lá, que é a Laranjeiras. Acabei indo para um clube que me deu estrutura para trabalhar e lá ganhei Brasileiro, Libertadores, Mundial, Recopa, Paulista. Ganhei tudo.

emerson fluminense comemoração brasileiro 2010 (Foto: Ivo Gonzalez / O Globo)A pessoa é o Peter (Siemsen, presidente do Fluminense)?
Me refiro ao presidente, já falei isso inúmeras vezes. Foi ele que me chamou e ele que me expulsou do clube de uma maneira muito desrespeitosa, uma vez que tinha feito um gol que deu título (Brasileiro) ao clube depois de 26 anos. Não tem o meu respeito.

E o Fred?
Nada contra e nada a favor.

Você disse que ele te fez bem indiretamente, pois acabou indo para o Corinthians. Depois do sucesso lá, vários títulos e com a idade avançada, imaginava que um retorno à Gávea ainda iria acontecer?Eu sempre deixei claro o meu desejo de voltar para cá. Esse meu negócio com o torcedor do Flamengo é muito louco. Não sei se tem a ver com periferia, favela. Não sei se eles me veem em campo e pensam: "Pô, acho que em campo eu faria o que esse cara está fazendo". Esse é meu estilo, não tem tempo ruim. É "tiro, porrada e bomba", como a gente costuma dizer. E a identificação foi incrível, veio título carioca e brasileiro, o que marca. Tenho 36 anos, bem realizado, então jogo aqui por amor e prazer. 



Na mira do Grêmio, Bressan pretende seguir no Flamengo e fazer carreira no clube


Bressan foi emprestado pelo Grêmio ao Flamengo no início do ano, com duração do contrato até 31 de dezembro, mas os gaúchos, com problemas no setor defensivo, estão tentando a volta antecipada do zagueiro para agora. A diretoria de futebol do Rubro-Negro ainda está analisando a possibilidade, mas é mais provável que o camisa 3 permaneça no Rio de Janeiro. Se depender do próprio, que acaba de voltar da disputa dos Jogos Pan-Americanos com a seleção brasileira, ele não deixará o Ninho do Urubu tão cedo.

- Estou bem tranquilo quanto a isso. Tenho contrato com o Flamengo até dezembro. Meu pensamento e meu foco estão aqui. É uma coisa que não cabe a mim resolver, os clubes é que têm que se resolver. Mas meu foco está aqui no Flamengo. Fiz um contrato até dezembro e sempre procuro firmar o que quero fazer. Acompanhei o time enquanto estive fora e estava louco para voltar a esse ambiente do qual gosto muito - disse ao GloboEsporte.com.

Bressan está de volta ao Ninho após participar do Pan (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo) 
Bressan está de volta ao Ninho após participar do Pan (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

Aos 22 anos, Bressan fez até agora 19 jogos e um gol pelo Flamengo. Ele iniciou a temporada na reserva, assumiu a titularidade a partir dos problemas físicos de Samir, e havia retornado ao banco pouco antes do início do Pan. O jogador gostou tanto de vestir a camisa rubro-negra que pretende fazer carreira no clube da Gávea.

- Um clube que me acolheu muito bem. Os profissionais que aqui trabalham são fenomenais, a torcida também. É um clube bom de se jogar. Faz só sete meses que estou aqui, mas já gosto muito. Quero continuar, quero construir uma carreira aqui dentro, uma história. Isso é o passo a passo. Estou amadurecendo bastante e espero aproveitar as oportunidades para ir crescendo.

Com a seleção brasileira, Bressan conquistou a medalha de bronze no Pan, onde foi titular da zaga ao lado do vascaíno Luan. O gaúcho, que sonha com as Olimpíadas no ano que vem, disse ter amadurecido muito, apesar do pouco tempo de campeonato.

- Volto com mais experiência. Amadureci bastante na competição. Disputei uma competição muito grande, que envolvia outras modalidades, e foi muito importante esse tempo que passei lá. Toda a experiência de seleção sempre traz alguma coisa boa. O conhecimento que adquiri junto dos meus companheiros e do Rogério Micale, que é o treinador, é uma coisa que vou levar para sempre. Agora é focar todas as forças aqui no Flamengo.

Na semifinal do Pan, o Brasil vencia o Uruguai até os 40 minutos do segundo tempo, mas sofreu dois gols em dois minutos e levou a virada. Para Bressan, o "apagão" fica de lição.

- Tivemos aqueles cinco minutos de apagão contra o Uruguai, onde levamos dois gols. A gente estava muito bem, com o jogo controlado, e se perdeu em questão de pouquíssimos minutos. Depois pelo menos nós conseguimos uma medalha, que fica de lembrança. A mágoa é que sabemos que poderíamos ter chegado mais longe. Mas fica como lição, o futebol é ingrato, você acaba sendo punido se não estiver concentrado 100% a todo instante.

Bressan também avalia como positiva a parceria que fez com Luan, que no Rio de Janeiro defende o rival Vasco. O zagueiro conta que os dois se deram muito bem e criaram amizade.

- Foi muito bom, conheci a pessoa do Luan. A gente se deu muito bem dentro e fora de campo. Convivi muito com ele. Na concentração ficávamos mais eu, ele, (Lucas) Piazon e Dodô. Adquiri uma experiência muito grande com ele, o que foi muito válido para mim. Fico na torcida por ele e por mim. Que a gente possa se encontrar mais vezes lá.

Bressan retornou do Pan e está na disputa com Wallace, Samir, Marcelo, César Martins e Frauches por duas posições na zaga do Flamengo que vai enfrentar o Santos neste domingo, às 16h, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro é o 11° colocado, com 19 pontos.

Flamengo tem a parcela mais alta no refinanciamento do Profut


Atlético-MG vence o Flamengo em pleno Maracanã (Foto: Paulo Sérgio/ LANCE!Press)O rombo dos clubes brasileiros junto à União pelo não pagamento de impostos chega próximo dos R$ 4 bilhões. No refinanciamento da dívida proposto pelo governo através da MP do Profut, os clubes terão 20 anos para quitar os débitos em condições que foram amplamente discutidas no Congresso e que envolveu, além dos parlamentares, dirigentes de futebol e representantes do governo.

Com o parcelamento definido, o especialista em gestão esportiva e colunista do L!, Amir Somoggi, fez um levantamento de quanto cada um dos principais clubes do futebol brasileiro terá que pagar mensalmente para quitar suas dívidas dentro das condições propostas.

E o Flamengo, cujo déficit é de quase R$ 266 milhões, será o time com a maior parcela. Se o clube aderir ao refinanciamento, o valor mensal a ser pago pelo rubro-negro nos primeiros anos será de quase R$ 600 mil, e ultrapassará a casa de R$ 1 milhão a partir do quinto ano.

Já o Atlético-PR, cuja dívida fiscal é de apenas R$ 737 mil, será o clube com a menor parcela se entrar no programa pagando apenas R$ 3 mil por mês, limite mínimo previsto.

Valor tende a crescer
O valor da dívida total utilizado por Amir Somoggi neste levantamento é de “apenas” R$ 2,7 bilhões, pois considera apenas os números que foram publicados nos balanços financeiros de 2014 dos clubes. O total, entretanto, tende a ser maior.

– Os balanços não correspondem à realidade e o rombo é muito maior do que todos imaginam – diz Somoggi, explicando que apenas os órgãos credores têm o valor correto.
No levantamento, os juros foram considerados com base na atual taxa Selic, que é de 13,65% ao ano.

Veja as condições para os clubes parcelarem suas dívidas fiscais e também tabela com o valor das parcelas de cada clube

Prazo
Os clubes terão período de 240 meses (20 anos) para parcelarem suas dívidas somadas até 2014 junto à União.

Benefícios
Os clubes que aderirem à proposta do governo, o valor do passivo terá 70% de descontos nas multas, 40% dos juros e 100% dos encargos legais.

Juros
Os valores das parcelas serão atualizadas mensalmente pela taxa Selic, que atualmente é de 13,65% ao ano.

Carência
Nos cinco primeiros anos do parcelamento da dívida, os clubes terão carência nas seguintes regras: 50% de desconto no valor a ser pago nos dois primeiros anos; 25% de desconto nas parcelas no terceiro e quarto ano; e 10% de desconto no quinto ano.

Restante do Débito
Após o período de carência, os clubes terão mais 180 parcelas para quitarem o débito que restou junto ao governo.

Valor Mínimo
Nas condições impostas, a parcela mensal a ser paga pelos clubes não poderá ser inferior a R$ 3 mil.

Sócios esquentam 'disputa interna' no Top 10 do Torcedômetro



O líder do Torcedômetro é o Internacional (com 147.448 sócios-torcedores). Palmeiras (129.583), Corinthians (107.551), Grêmio (84.357), Cruzeiro (71.661), São Paulo (70.812), Flamengo (66.469), Santos (59.316), Atlético-MG (44.541) e Fluminense (34.095) completam o Top 10 do ranking. O 11º colocado é o Sport, com 25.700 associados.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Flamengo bate vasco e vence a segunda seguida no Brasileiro Sub-20

 

Flamengo e vasco fizeram na noite desta quinta-feira (30.07) o segundo de quatro confrontos seguidos previstos para a categoria sub-20. No estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, os rivais se enfrentaram pela terceira rodada da segunda fase do Campeonato Brasileiro. Assim como no último sábado (25.07), no jogo de ida da semifinal da Taça Rio, o Flamengo venceu novamente, mantendo a invencibilidade no clássico durante a temporada. Agora são seis confrontos diretos já disputados em 2015, com quatro vitórias rubro-negras e dois empates.

Com a vitória, o Flamengo assumiu a segunda colocação do grupo E, com seis pontos, um a menos que o líder Fluminense. O próximo desafio dos comandados de José Ricardo Mannarino no Brasileiro sub-20 será contra o vasco, na quarta-feira (05.08), abrindo o returno da segunda fase. Antes disso os times se enfrentam no domingo (02.08), na Gávea, valendo uma vaga na final do segundo turno do Campeonato Carioca.

FLAMENGO 1 x 0 vasco

Campeonato Brasileiro sub-20 – 3ª rodada da 2ª fase

Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda/RJ

Escalações:

FLAMENGO – João Lopes; Thiago Ennes, Léo Duarte, Willyan e Marquinhos; Ronaldo, Paquetá (Alan) e Matheus Sávio (Trindade); Cafú, Thiago Santos (Felipe Vizeu) e Douglas Baggio.

vasco – Gabriel Félix; Bruno Ferreira, Lucas Barboza, Kadu Fernandes e Lorran; Íkaro (Bruno Cosendey), João Victor e Matheus Isaías (Andrey); Evander, Renato Kayser e Carioca (Renato Melo).

Gol:
FLAMENGO – Felipe Vizeu, aos 42 minutos do segundo tempo


Fla em Dia completa um ano com quase R$700 mil de dívidas pagas


No dia 29 de julho de 2014, um grupo de torcedores fanáticos pelo Flamengo lançou o Fla em Dia. Naquela noite, passava a existir uma ferramenta prática e simples que reuniu a torcida rubro-negra em torno de um ideal: pagar dívidas do clube. Com uma cota mínima de R$10 para o pagamentos de Documentos de Arrecadação de Receitas Federais (DARFs), o projeto permite que muitos apaixonados possam ajudar e todo o dinheiro arrecadado vá direto para o governo, sem passar pelo Flamengo. Depois de um ano de sucesso, hoje o Fla em Dia tem quase 18 mil cadastros, de rubro-negros que pagaram mais de R$646 mil em dívidas.

O Site Oficial conversou com um dos idealizadores, Luiz Filipe Teixeira, que falou sobre o início, o presente e o futuro do Fla em Dia. Confira:

Quais foram os obstáculos e aprendizado no primeiro ano?
Luiz Filipe Teixeira: O maior obstáculo foi fazer divulgação sem orçamento, já que é um projeto voluntário. Divulgamos à torcida pelas mídias digitais, redes sociais, ajuda dos canais do Flamengo, blogs, além de mídia expontânea que acontecia por coisas importantes. Exemplo são o boom inicial, quando recolhemos R$100 mil nos três primeiros dias, depois quando chegamos a R$500 mil... O Flamengo foi quem mais ajudou a gente em divulgação, nos seus canais. O que mais aprendemos foi que realmente o torcedor quer ajudar, só que muitas vezes não sabe como e quer que a gente ensine ele a ajudar. Vejo isso diariamente no relacionamento diário. Todos aqueles com quem passamos tempo ensinando como faz, foram pessoas que conseguimos converter para cadastrados. Temos entre R$30 mil a R$40 mil recolhidos por mês hoje em dia. Dos nossos 18 mil cadastrados, 2 a 5 mil pagam periodicamente.

A arrecadação esteve dentro da expectativa?
Luiz Filipe Teixeira: Sinceramente, esperávamos que fosse menor. Superou nossas expectativas. Mas também, se conseguíssemos o que conseguimos arrecadar no primeiro mês sempre, pagaríamos mais de R$2 milhões por ano. No Fla em Dia, a pessoa não tem obrigação de pagar todo mês. Muita gente doa o que consegue no momento, sem comprometimento mensal. Essa é uma das nossas características. Sobrou? Vai lá, paga, e só volta se ou quando quiser. É a natureza do projeto. Também ganhamos muitos colaboradores pela emoção após vitórias, por exemplo.

O que podemos esperar para o futuro?
Luiz Filipe Teixeira: Esperamos um crescimento mais sustentável, uma fidelização maior dos cadastrados, trabalhar melhor o CRM, com ações focadas de e-mail marketing, por exemplo. Pesquisar, ver o que faz a pessoa voltar. Divulgar mais. Muita gente conhece o Fla em Dia mas não entende bem como funciona, ou nem conhece. Temos a meta de 100 mil cadastrados para o próximo ano. Mas, antes de tudo, agradecemos aos nossos cadastrados por todo nosso sucesso e o reconhecimento hoje. O projeto é deles.

Saiba mais sobre o Fla em Dia e veja como você pode participar:

Como ajudar
Você pode realizar o pagamento através do Internet Banking do seu banco, através da opção: 'Pagamentos', 'Tributos', 'DARF', ou em todas as agências bancárias. DARFs de até R$500 também podem ser pagos em agências dos Correios. A sua contribuição será encaminhada diretamente, sem nenhum desvio, para a Receita Federal, diminuindo imediatamente a dívida do Flamengo.

Como ganhar um Manto Sagrado oficial autografado
No Fla Em Dia, você e o Flamengo saem ganhando. Em contribuições a partir de R$2 mil, ganhe um Manto Sagrado oficial adidas, com o autógrafo de um jogador do elenco escolhido por você! A promoção é válida para pagamento em um único DARF de R$2 mil ou por este valor acumulado em vários pagamentos, durante quantos meses você quiser. Para ganhar o prêmio, é necessário comprovar o pagamento mandando um e-mail para flaemdia@gmail.com.


Ederson volta a treinar no Ninho, e Cristóvão faz mistério em treino tático


Ederson, Flamengo (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)
O meia Ederson retornou em definitivo da Itália na manhã desta quinta-feira, após resolver problemas pessoais, e treinou normalmente no Ninho do Urubu na parte da tarde, como estava previsto. O camisa 10, ao contrário dos companheiros, trabalhou mais a parte física, enquanto os demais participaram de um treino tático sob o comando de Cristóvão Borges. O treinador fechou a atividade por 1h30m e, quando os portões foram abertos à imprensa, os jogadores já estavam trabalhando somente finalizações. O comandante tem escondido o jogo recentemente.

O destaque das finalizações ficou com Guerrero e Gabriel. O primeiro acertou belo chute na gaveta, sem ângulo, batendo com muito efeito na bola. O segundo emendou um voleio de primeira no cantinho. O clima da atividade foi bom, com Paulo Victor muito animado. O camisa 48 tem tudo para voltar à meta rubro-negra neste domingo, contra o Santos, às 16h, no Maracanã.

As maiores dúvidas do time estão na defesa. Wallace e Samir, que se recuperavam de lesão, voltaram a treinar normalmente e podem reassumir a dupla de zaga titular nos lugares de Marcelo e César Martins, que fez sua estreia na última partida. Já Ayrton pode perder a vaga da lateral direita para Pará, que foi titular no começo do ano. Do meio para a frente, a dúvida é se Cristóvão entrará com Márcio Araújo ou com Marcelo Cirino. A opção por um ou por outro muda a função que Everton exercerá no jogo, de meio-campo ou de ponta esquerda. A equipe que parece mais provável neste momento para encarar o Santos é: Paulo Victor, Ayrton (Pará), Wallace, Samir e Jorge; Cáceres, Canteros e Everton; Marcelo Cirino, Guerrero e Emerson.

Sheik atribui melhora do Flamengo ao tempo de trabalho de Cristóvão e a Guerrero


Emerson Sheik Flamengo coletiva (Foto: Ivan Raupp)
Depois de viver momentos bem complicados recentemente, o Flamengo encaixou uma série de três vitórias, somando Brasileirão e Copa do Brasil, e pode chegar à quarta contra o Santos, neste domingo, às 16h, no Maracanã. Um dos maiores responsáveis por essa evolução da equipe é o atacante Emerson, símbolo de garra e ao mesmo tempo de qualidade do elenco. O Sheik fez uma análise das mudanças que viu no time desde que chegou, no meio de junho, e atrelou a melhora a dois motivos: mais tempo para Cristóvão Borges trabalhar e a chegada do artilheiro Paolo Guerrero.

- O Cristóvão teve um pouco mais de tempo para trabalhar. Tivemos uma ou duas semanas cheias, o que possibilita o treinador a colocar aquilo que entende como o melhor para a equipe. Isso dá mais condição de fazer o atleta entender toda essa maneira  como ele quer que a gente jogue. Talvez esse seja o principal motivo da evolução da equipe. A chegada do Paolo também ajudou muito, porque a gente não tinha um atleta com as características e a qualidade dele. O número 9 mesmo, aquele cara que fica centralizado e leva uma preocupação muito grande para o adversário de finalização. Com o Cristóvão tendo mais tempo para trabalhar e a chegada do Guerrero, e os atletas tentando executar aquilo que o Cristóvão vem colocando, talvez esses sejam os motivos - disse o camisa 11, em entrevista coletiva no Ninho do Urubu nesta quinta-feira.

Emerson jogou com Adriano em sua primeira passagem pelo Flamengo, em 2009, e foi questionado a respeito de uma comparação entre o Imperador e Guerrero, a quem chamou de "fenômeno" durante a coletiva. O jogador destacou o faro goleador da dupla.

- Eles são diferentes, mas com algo muito parecido: são goleadores. Então, acho que o torcedor flamenguista pode depositar toda a confiança no Paolo, porque é um casa que pode render ainda mais. Tem muita qualidade. Ele acabou de chegar e vai fazer muita coisa bacana ainda.

Veja a seguir outros pontos importantes da coletiva:
 
Torcida mais animada:
 A gente estava devendo isso ao torcedor flamenguista, levar um pouco de alegria, além daquilo que a gente entende como objetivo, que é subir na tabela, conseguir o máximo de vitórias para pontuar. Então, certamente estamos vivendo um momento diferente do que o de duas ou três semanas atrás. Passamos por momentos difíceis, onde o torcedor tinha dúvidas. Mas, para nós que vivemos o futebol, sabemos que a cada semana são dois jogos e a possibilidade de mudar é muito curta. O trabalho não tinha encaixado ainda, não sei se encaixou, mas é fato que teve uma melhora. Essa melhora o torcedor tem visto por conta das vitórias. Jogando em casa, diante da nossa torcida, que vem fazendo brilhantemente a parte dela de comparecer e incentivar. Essa responsabilidade acho que aumenta, sim, para vencer a partida e continuar nessa sequência boa.

Santos:
O Santos é uma equipe veloz e competitiva. Também está buscando se firmar dentro da competição. Vai ser mais um jogo difícil. O Campeonato Brasileiro é muito competitivo.

Conversa de Cristóvão com o time:
É manter a postura de alguns jogos, tirando o jogo contra o Grêmio como exemplo. Um time um pouco mais competitivo, de entrega mesmo, e respeitando tudo aquilo que a gente vem treinando. Não adianta a gente treinar de uma maneira e tentar jogar de outra forma, porque a chance de dar errado é muito grande. É tirar os jogos que deram certo. O Grêmio foi um exemplo para todos nós. Temos que acreditar no que o Cristóvão nos passou durante a semana. Talvez seja esse o caminho de conseguir mais uma vitória.

Entendimento com Guerrero:
Eu sei o que ele vai fazer. Quando eu pego a bola, ele sabe o que vou fazer. Sei mais ou menos onde ele gosta de receber a bola. Isso é o tempo. Talvez, por termos jogado juntos no Corinthians, seja mais fácil essa afinidade com ele.

Melhor momento: Guerrero ou Ricardo Oliveira, do Santos?
Sou Guerrero toda vida. Acho ele um fenômeno. Ainda assim tem a ver com convívio. Não conheço o Ricardo, só de "oi". O Guerrero tem estrela e é muito dedicado, um dos últimos a sair do campo. Fico 100% com o Gringo.